segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Caixa de Memórias


PS.: Vou tentar postar toda segunda e quarta um devaneio, um poema antigo, um vídeo e uma "ordem do dia"... Isso não quer dizer que eu não vá postar outros dias se me der na veneta... E sim, eu comecei o post com um PS. Sinta-se a vontade para comentar, sugerir e copiar!


Já se deu conta de quanta coisa guardamos pra não nos esquecermos? De um dia especial, uma tristeza passada, um segredo...Podemos ver a passagem do tempo em pedaços de papeis, cartões, flores secas, cupons de viagem, qualquer coisa que possa aprisionar uma lembrança. Porque quando tocamos aquele pequeno pedaço de passado, é como se por alguns segundos (minutos ou horas) revivêssemos aquela cena. Somos transportados a uma situação que agora podemos ver e analisar de fora. Rimos das bobagens ditas, das brincadeiras feitas, dos medos que pareciam os maiores, das situações que jurávamos ser irresolúveis, amores que pareciam ser eternos, tristezas que pareciam que nos roubariam o sorriso pra sempre. E nesse "vale a pena viver de novo" crescemos, aprendemos, nos fortalecemos e muitas vezes nos reencontramos. E cada vez que colocamos um trecho do filme da vida pra rodar o vêmos sobre uma nova ótica, porque somos uma pessoa diferente. Em cada uma dessas memórias, desses momentos, fomos sendo transformados e moldados em quem somo nesse exato momento. Como diaria minha amada Clarice Lispector: "Com certeza serei sempre eu mesma, embora eu não seja a mesma sempre". Somos o fruto de nossas escolhas, que nos levaram a tantos momentos e continuaram nos guiando a tantos mais, aqueles que hoje chamamos de lembranças, para reviver a qualquer momento, e guardamos com carinho em nós, nessa caixa de memórias.

ORDEM DO DIA: Faça seu dia valer suas memórias!!!


VÍDEO DO DIA: 



Aqui vai um dos meus poemas favoritos...escrevi ja faz um tempinho, mas nunca deixa de ser real:

MUNDOS ACORDADOS



Limiar as mais impossíveis vertentes da mente
Viajando entre a troposfera, mesosfera de sua boca ardente
Um desejo permeado por cheiros, olhos fechados, inverno e verbos
Palavras vão desenhado o dicionário dos cegos
Vadeando o dia em momentos roubados das 24h, corrida
Bombeando eu nas veias do vento, respirando em minha alusão, vida
Sorrindo vejo as nuvens negras irem embora
Meus dedos digitalizando o céu e trazendo um sol que irradia em mim o agora
Que me importa o bicho papão dentro do armário?
Ele faz parte da festa do meu imaginário
Meus lábios escondem a colméia de abelhas raras
O mel de idéias, insanas e deliciosas loucuras caras
Sou uma real incerteza de saber viver entre dois mundos
Mais vivemos pois, nos(nós) dois, mundos acordados



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